quinta-feira, 4 de março de 2010

Haicais




Poesia em três linhas.


Haikai (em japonês: 俳句 Haiku ou Haicai?) é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas têm três linhas, contendo na primeira e na última cinco caracteres japoneses (isto é, sílabas), e sete caracteres na segunda linha[1]. Em japonês, haiku são tradicionalmente impressos em uma única linha vertical, enquanto haiku em Língua Portuguesa geralmente aparecem em três linhas, em paralelo[2].
O principal haicaísta foi Matsuô Bashô (1644-1694), que se dedicou a fazer desse tipo de poesia uma prática espiritual.
Haikai no Brasil
Segundo Mr.Hoigays (1988), o primeiro autor brasileiro de Haicai foi Afrânio Peixoto, em 1919, através de seu livro Trovas Populares Brasileiras, onde prefaciou suas impressões a respeito do poema japonês:
“Os japoneses possuem uma forma elementar de arte, mais simples ainda que a nossa trova popular: é o haikai, palavra que nós ocidentais não sabemos traduzir senão com ênfase, é o epigrama lírico. São tercetos breves, versos de cinco, sete e cinco pés, ao todo dezessete sílabas. Nesses moldes vazam, entretanto, emoções, imagens, comparações, sugestões, suspiros, desejos, sonhos... de encanto intraduzível”[3].
Quem o popularizou, porém, foi Guilherme de Almeida, com sua própria interpretaç&227;o da rígida estrutura de métrica, rimas e título. No esquema proposto por Almeida, o primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo verso possui uma rima interna (A 2ª sílaba rima com a 7ª sílaba). A forma de haikai de Guilherme de Almeida ainda tem muitos praticantes no Brasil.
Outra corrente do haikai brasileiro é a tradicionalista, promovida inicialmente por imigrantes ou descendentes de imigrantes japoneses, como H. Masuda Goga e Teruko Oda. Esta corrente define haikai como um poema escrito em linguagem simples, sem rima, estruturado em três versos que somem dezessete sílabas poéticas; cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro. Além disso, o haikai tradicional deve conter sempre uma kigo. Estas são palavras ou frases, utilizadas na poesia japonesa, que têm uma associação com uma estação do ano. (Ex.: "sakura", "flor de cerejeira", é associada à Primavera).
Como fonte nipônica do ainda haiku, em sua forma original, GOGA [3] atribui aos imigrantes japoneses, que começa com a chegada do navio Kasato Maru ao porto de Santos em 18 de junho de 1908. Nele estava Shuhei Uetsuka (1876-1935), um bom poeta de haiku, conhecido como Hyôkotsu. Consta ter sido a sua primeira produção, momentos antes de chegar ao porto de Santos, o seguinte haiku:
A nau imigrante
chegando: vê-se lá do alto
a cascata seca.
Foi na década de 1930 que aconteceu o intercâmbio e difusão do haiku entre haicaístas japoneses e brasileiros, constituindo-se, assim, outro caminho do haikai no Brasil. Foi naquela década também que apareceu a mais antiga coletânea de haikais chamada simplesmente Haikais, de Siqueira Júnior, publicada em 1933. Guilherme de Almeida, no ano anterior, havia publicado Poesia Vária, mas o livro não era exclusivamente de haikais. Fanny Luíza Dupré foi a primeira mulher a publicar um livro de haikais, em fevereiro de 1949, intitulado Pétalas ao Vento – Haicais. As rotas do haikai no Brasil podem ser resumidas cronologicamente da seguinte forma:
• Em 1879, através do livro Da França ao Japão, de Francisco Antônio Almeida.
• Em 1908, através da chegada dos imigrantes japoneses ao porto de Santos.
• Em 1919, através do livro Trovas Populares Brasileiras de Afrânio Peixoto.
• Em 1926, através do cultivo e difusão do haiku dentro da colônia por Keiseki e Nenpuku.
• Na década de 1930, através do intercâmbio entre haicaístas japoneses e brasileiros, principalmente pelo próprio H. Masuda Goga.
Com a ambientação e a difusão do haiku em língua portuguesa, algumas correntes de opinião [3] sobre este se formaram:
• A corrente dos defensores do conteúdo do haiku;
• A corrente dos que atribuem importância à forma;
• A corrente dos admiradores da importância do kigo.
Os defensores do conteúdo do haiku são aqueles que consideram algumas características do poema peculiares, como a concisão, a condensação, a intuição e a emoção, que estão ligadas ao zen-budismo. Oldegar Vieira é um haicaísta que aderiu a essa corrente.
Os que consideram a forma (teikei) a mais importante seguem a regra das 17 sílabas poéticas (5-7-5). Guilherme de Almeida não só aderiu a essa corrente como criou uma forma peculiar de compor os seus poemas chamados de haikais “guilherminos”. Abaixo, a explicação da forma conforme o gráfico que o próprio Guilherme elaborou:
_______________ X
___ O ______________ O
_______________ X
Além de rimar o primeiro verso com o terceiro e a segunda sílaba com a sétima do segundo verso, Guilherme dava título aos seus haikais. Exemplo (GOGA, 1988, p. 49):
Histórias de algumas vidas
Noite. Um silvo no ar,
Ninguém na estação. E o trem
passa sem parar.
Os admiradores da importância do kigo respeitam em seus haikais o termo ou palavra que indique a estação do ano. Jorge Fonseca Júnior é um deles. Apesar de existirem essas distinções retratadas aqui como correntes, nomes como os de Afrânio Peixoto, Millôr Fernandes, Guilherme de Almeida, Waldomiro Siqueira Júnior, Jorge Fonseca Júnior, Wenceslau de Moraes, Oldegar Vieira, Abel Pereira e Fanny Luíza Dupré são importantes na história do haikai no Brasil.


Exemplos:
no despenhadeiro
a sombra da pedra
cai primeiro
Carlos Seabra

outro outono
no chão entre as folhas
sonhos do verão
Ricardo Silvestrin

primeira folha de outono
no chão começa
o meio do ano.

fim do dia
porta aberta
o sapo espia
Alice Ruiz

pétalas de rosa
a contar-lhe uma história --
sonho de mulher
Chris Herrmann

Ah, mosca de inverno
- questão de dia ou de hora
seu último instante?
Masuda Goga

Florada de ipês!
Meu pai também se alegrava
Em tarde como esta...
Teruko Oda

Dia de Finados
Formigas carregam
Pétalas que caem.
Jorge Lescano

início de outono --
no caminho vão sumindo
as vozes dos amigos.

vento de inverno:
o gato de olho vazado
procura seu dono
Edson Kenji Iura

Para quem viaja ao encontro do sol,
é sempre madrugada
Helena Kolody

Pintou estrelas no muro
e teve o céu ao
alcance das mãos
Helena Kolody

O ipê distraído
pinta de amarelo
a grama do parque
Jorge Fernando dos Santos

Sob o sol se pondo
como alfinete no lago
descansa a garça
Marcelo Santos Silverio


Referências
:
1. ↑ Lanoue, David G. Issa, Cup-of-tea Poems: Selected Haiku of Kobayashi Issa, Asian Humanities Press, 1991, ISBN 0-89581-874-4 p.8
2. ↑ van den Heuvel, Cor. The Haiku Anthology, 2nd edition, Simon & Schuster, 1986, ISBN 0-671-62837-2 p.11
3. ↑ a b c GOGA, H. Masuda. O haicai no Brasil. São Paulo: Aliança Cultural Brasil-Japão, 1988.


Texto retirado de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Haikai

Os Gêmeos

Autênticos, brasileiros e fantásticos!
Um Trabalho que merece verdadeira repercussão!



Os Gêmeos são uma dupla de irmãos gêmeos idênticos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos da Campos, começaram a pintar grafites em 1987 no bairro em que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite.

Os trabalhos da dupla estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Em 22 de maio de 2008, executaram a pintura da fachada da Tate Modern, de Londres, para a exposição Street Art, juntamente com o grafiteiro brasileiro Nunca, o grupo Faile, de Nova York; JR, de Paris; Blu, da Itália; e Sixeart, de Barcelona.



Bibliografia


Retirado de:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_G%C3%AAmeos


Confira também:


<>

Grafiteiros de Paris


Isto é Paris!


Um trabalho excepicional nas ruas de Paris, vale a pena conhecer e deslumbrar a arte de grafites deste nível e não aqueles rabiscos abstratos e sem sentido que vemos por aí. A arte deve ser apreciada na sua mais pura expressão e quando se tem espaço deve -se aproveitá-lo.







Apreciem sem moderação!

Ron Mueck

Ron Mueck (Melbourne, 1958) é um escultor australiano hiperrealista que trabalha na Grã-Bretanha.

Este escultor utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho de suas esculturas certamente seriam fáceis de serem confundidas com pessoas.

No início de carreira, foi fabricante de marionetas e modelos para a televisão e filmes infantis, nomeadamente no filme Labyrinth.

Mueck criou a sua própria companhia em Londres, trabalhando para a indústria de publicidade. Embora altamente detalhados, estes adereços eram geralmente projetados para serem fotografados de um ângulo específico. Mueck cada vez mais queria produzir esculturas realistas.

Em 1996, Mueck, colaborou com a sua sogra, Paula Rego, para a produção de pequenas figuras como parte de um quadro que ela estava mostrando na Hayward Gallery. Rego apresentou-o a Charles Saatchi, que foi imediatamente impressionado.

As suas esculturas reproduzem fielmente os detalhes minuciosos do corpo humano, mas joga com escala para produzir desconcertantemente imagens visuais. Com cinco metros de altura, a escultura Boy 1999 foi exposta na Bienal de Veneza.


Obras Selecionadas:


  • Dead Dad (1996-97)
  • Pinocchio (1996)
  • Angel (1997)
  • Ghost (1998)
  • Boy (2000)
  • Man in Blankets (2000)
  • Old Woman in Bed (2000)
  • Baby (2000)
  • Untitled (Big Man) (2000)
  • Seated Woman (2000)
  • Mask II (2001-2)
  • Mother and Child (2002)
  • Man in a Boat (2002)
  • Pregnant Woman (2002)
  • Swaddled Baby (2002)
  • Wild Man (2005)
  • Spooning Couple (2005)
  • In Bed (2005)
  • Mask III (2005)
  • Two Women (2005)
  • Mask Self Portrait(2007)


Tirado de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ron_Mueck


Confira: